Se a última cartada do senador José Maranhão tivesse dado certo, o cenário eleitoral deste ano, especialmente no que se refere às oposições, poderia ser bem diferente do que se projeta atualmente. Em entrevista a um programa de rádio nesta segunda-feira (9), o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), revelou que o convite feito por Maranhão para que ele integrasse o MDB também previa a disposição do emedebista de abrir mão da candidatura em nome de Romero. A proposta, contudo, foi recusada pelo prefeito de Campina Grande.
Romero justificou que não houve tempo hábil para consultar as bases, nem dialogar com a cidade: “Essa questão em relação a unidade das oposições ficou muito em cima, não deu tempo para que pudesse dialogar mais um pouco com a cidade, ouvir, consultar, conversar com os segmentos na cidade para poder dividir um pouco a responsabilidade dessa decisão”, disse o gestor.
Segundo o prefeito, a proposta de integrar o MDB nestas circunstâncias aconteceu na última sexta-feira (6). “Foi então que a possibilidade se intensificou um pouco mais, com a sinalização de José Maranhão no sentido de abrir a possibilidade de eu me filiar ao MDB e ele abrir mão da postulação dele e, de certa forma, conseguir consolidar mais a união das oposições”, disse.
A decisão de permanecer, acrescentou, não foi fácil. “Foi uma decisão dificílima. Decidi permanecer na prefeitura em função das circunstâncias. Tenho uma paixão grande por Campina Grande. É uma cidade que me estimula a cada momento e nós temos uma responsabilidade muito grande com a cidade (…) Eu estava com o coração dividido em relação a essa questão”, disse.
Atualmente, os nomes que mais despontam na oposição são os de Lucélio Cartaxo (PV), irmão do prefeito de João Pessoa, e o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB).
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