Não só de grandes obras vive o homem, nem se constrói uma sociedade. Foi nesse tom que o pré-candidato a governador Lucélio Cartaxo (PV) alfinetou a gestão do governador Ricardo Coutinho (PSB), na tarde desta quinta-feira (19), durante entrevista a uma rádio em Sousa. Porém, ao ser indagado sobre a segurança pública e saúde, fez diferente do que qualquer político de oposição. Ao invés de apontar deficiências ou problemas, com propostas para solução, Lucélio afirmou categoricamente que não fará “campanha olhando para o retrovisor, apontando os erros dos outros que ocuparam o Governo”.
“Tem gente que entrega grandes obras, faz obras faraônicas, mas na prática do dia a dia das pessoas, isso não é tão importante quanto aparenta ser. O que a gente quer é fazer o que é essencial para o ser humano. O Estado não é feito de pedra e cal, queremos valorizar as pessoas. Estrada é importante, mas essa estrada tem que levar saúde, educação, tem que levar habitação. Nós estamos pensando no ser humano. Então nada melhor do que ter responsabilidade e sensibilidade social e discutir com as pessoas. Esse modo de gestão que falo permite que o sonho seja transformado em realidade”, defendeu.
Lucélio ainda destacou que em seu programa de governo, que deve ser apresentado após as convenções, a fundamentação se dará sobre o olhar social, privilegiando os menores municípios paraibanos. “Quero gravar cada cidade na minha memória. Não vamos fazer a política da demagogia, dizendo que em seis meses vamos resolver tudo. Queremos fazer um grande mandato, fazendo investimentos nos pequenos municípios, tocar no coração de cada paraibano atingido por nossas ações”, explanou.
Bate, rebate
O irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa também comentou sobre as informações que circulam pela imprensa e redes sociais de que teria sido funcionário fantasma de um gabinete parlamentar na Câmara Federal. Para Lucélio, isso está fora do debate que quer fazer. “Está tudo no Portal da Transparência . Até porque, o irmão do governador também ocupou cargo público. Não vamos entrar nessa picuinha. É muito pouco tempo para muito ataque. Isso significa dizer que nós incomodamos. Agora, evidentemente que vamos colaborar em elevar o nível do debate”, disse.
Ele ainda refletiu sobre as críticas que recebe desde a sua indicação para ser o nome das oposições, por ser irmão de Luciano Cartaxo. “Eu sou um candidato não foi da noite para o dia. Eu não fui tirado de uma sala de ar condicionado e por ser amigo de alguém, estou sendo indicado a governador. Eu tenho respeito a minha história e ao meu trabalho”, declarou.
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