A morte de Eduardo Campos em um trágico acidente aéreo completa quatro anos nesta segunda-feira (13). Então candidato à Presidência da República, Campos estava em terceiro lugar na corrida presidencial: tinha 8% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), segundo o Datafolha.
A morte provocou uma reviravolta na disputa e fez com que sua vice, Marina Silva, assumisse a chapa e liderasse por um tempo as pesquisas de intenção de voto. Dilma e Aécio acabaram indo ao segundo turno e Marina apoiou o tucano.
Considerado um dos políticos mais promissores de sua geração, Campos, então com 49 anos, estava em um avião com assessores que caiu sobre um prédio em Santos, no litoral paulista. Ele já havia sido governador de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula.
O avião Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, voava do aeroporto Santos Dumont, no Rio, para a base aérea do Guarujá (SP). Campos teria três compromissos de campanha em Santos.
Marina embarcaria no avião, mas, na última hora, decidiu embarcar em um avião de carreira com assessores.
Além do presidenciável, estavam a bordo quatro assessores: Alexandre Severo (fotógrafo oficial da campanha), Marcelo Lyra (cinegrafista), Pedro Valadares (ex-deputado e assessor do candidato) e Carlos Percol (assessor de imprensa). Também morreram o piloto e o copiloto da aeronave.
Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia em que o avô, Miguel Arraes, faleceu em 2005, aos 88 anos. Perseguido pela ditadura militar, Arraes lançou o neto na política na década de 1980.
Eduardo Campos deixou a mulher, a economista Renata Campos, e cinco filhos: Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu no começo de 2014. Ele era filho de Ana Arraes, ministra do TCU (Tribunal de Contas da União), e do escritor Maximiano Campos (1941-1998).
INVESTIGAÇÃO
Após quatro anos de investigações, o inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar a queda do jatinho foi encerrado sem responsabilizar uma pessoa ou empresa pelo acidente, cuja causa principal pode ter sido tanto mecânica quanto humana. A hipótese de sabotagem levantada à ocasião do acidente, foi descartada.
A investigação da PF, que produziu 26 volumes com 4,2 mil páginas, elencou quatro hipóteses principais. Todas, contudo, não puderam ser nem descartadas nem confirmadas.
Entre os motivos que inviabilizaram a identificação da causa do acidente aéreo que vitimou o então candidato à Presidência da República está o mau funcionamento do gravador VCR. Esse equipamento, que grava vozes e sons da cabine, poderia ter apresentado pistas sobre o que ocorreu com o avião no momento do acidente.
Blog do Gordinho com Yahoo