Casos suspeitos de dengue tiveram alta de 174% em 2018 na Paraíba

Um boletim divulgado nesta quarta-feira (16) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (GEVS), aponta crescimento de 174% nas notificações dos casos de dengue e de 163,9% nos casos do zika vírus. Os dados são referentes a 2018 – de 1º de janeiro a 29 de dezembro de 2018 (52ª Semana Epidemiológica). Os casos de chikungunya foram reduzidos em 25,6% em relação ao mesmo período de 2017.

Em 2018, de acordo com o boletim, foram notificados 12.251 casos suspeitos de dengue na Paraíba, sendo 1,3 mil descartados, o que representa um aumento de 174% das notificações na comparação com 2017. Com relação aos casos de chikungunya, foram notificados 1.386 casos, sendo 371 descartados.

Em 2017, foram registrados, no mesmo período, 1.863 casos suspeitos, observando-se uma redução de 25,6% das notificações suspeitas quando comparado 2017 com 2018, no mesmo período. Já os casos de zika vírus cresceram 167,2% em 2018, com o registro de 652 casos suspeitos, sendo 268 descartados. Em 2017, no mesmo período, foram registrados 244 casos.

Óbitos

Até a 52ª Semana Epidemiológica de 2018, foram registradas 51 notificações com suspeita de causa de óbito de arboviroses, sendo três confirmados para chikungunya, 15 confirmados para dengue, três confirmados para zika, 11 em investigação e 18 descartados.

“Os óbitos suspeitos devem ser informados imediatamente, no período de 24 horas, conforme Portaria Nº 204 de 17 de fevereiro de 2016, a qual está presente na Portaria Consolidada Nº 04, de 28 de setembro de 2017. A suspeita deve ser investigada em nível domiciliar, ambulatorial e hospitalar, utilizando o Protocolo de Investigação de Óbito por Arbovírus Urbano no Brasil – Ministério da Saúde”, alertou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares.

Ações

A SES orienta que os municípios intensifiquem as ações, principalmente nesse período intermitente de chuvas e quando há necessidade de armazenar água. As ações devem ser integradas com os setores de Infraestrutura, Limpeza Urbana, Secretaria de Educação e Meio Ambiente, entre outros.

“Essa é uma maneira de sensibilizar a população, buscando diminuir a oferta de criadouros para o mosquito Aedes aegypti dentro e fora dos domicílios, e, assim, contribuindo para o controle da dengue, zika e chikungunya. Quando a informação adequada chega à população, todos participam de forma efetiva”, pontuou Talita Tavares.

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