A área dos corais de Picãozinho, no Litoral de João Pessoa, está intacta e não foi atingida pelo óleo que alcançou mais de 160 pontos do litoral em todos os estados do Nordeste. A constatação parte de uma fiscalização feita nesta quarta-feira (16) pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de João Pessoa, junto com Marinha do Brasil – Capitania dos Portos da Paraíba, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), além das secretarias de Meio Ambiente das cidades de Cabedelo e Conde, da região metropolitana.
Picãozinho é uma formação de corais que fica a cerca de 1,5 mil metros da orla de Tambaú, em João Pessoa. Na maré baixa, o recife é visitado por turistas, que aproveitam a água transparente para fazer mergulhos rasos e ver de perto uma ampla diversidade de flora e fauna marinhas.
De acordo com o Ibama, logo quando foram detectadas na Paraíba, em setembro deste ano, as manchas de óleo atingiram os seguintes trechos no estado:
Mataraca
Barra do Rio Camaratuba
Rio Tinto
Oiteiro
Lagoa de Praia
Praia de Campina
Barra do Rio Mamanguape
Cabedelo
Praia Formosa
Praia de Camboinha
Praia do Poço
Praia de Intermares
João Pessoa
Praia do Cabo Branco joao pessoa
Praia de Tambaú joao pessoa
Conde
Praia do Amor
Tambaba
Gramame
Jacumã
Pitimbu
Praia Bela
Na semana passada, outra fiscalização da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) constatou que as praias da Paraíba estão preservadas e que os 16 trechos onde as manchas de óleo surgiram, no começo de setembro, já foram totalmente limpos, sem registro de novas ocorrências.
A vistoria desta quarta (16) foi acompanhada pelo biólogo Cláudio Almeida, da Divisão de Estudos e Pesquisas (Diep) da Semam, que registrou imagens subaquáticas. Na ocasião, não foi detectada nenhuma mancha de óleo no local.
“Não há, hoje, registros de óleo na área dos corais de Picãozinho. Os corais felizmente estão preservados, com abundância de espécies. Não há como explicar o que pode ter contribuído para preservar os corais do litoral aqui de João Pessoa e Cabedelo, mas, por hoje, é o que podemos afirmar. Turistas e demais pessoas que gostam do mergulho no litoral de João Pessoa, nas áreas de Picãozinho, podem ficar tranquilos”, afirmou.
“Os gestores ambientais precisam estar atentos, pois esse é, sem dúvida, um dos maiores crimes ambientais que ocorreu no litoral do Nordeste. Estamos felizes com o resultado dessa vistoria e vamos continuar acompanhando as ações para que o litoral de João Pessoa se mantenha preservado”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente da Capital, Abelardo Jurema Filho.
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