Nascido em 13 de novembro de 1934 no Sítio Boqueirão, Distrito de Santa Gertrudes, município de Patos; filho do agricultor João Rodrigues Amorim e Isabel Batista de Oliveira, Valdomiro Batista de Amorim é o nono filho de uma prole numerosa. Os seus irmãos são: José, Severino, Josefa, Maria do Socorro, Auta, Manuel, Maria de Lourdes, Rui, Maria do Socorro, Luís e Severino.
Estudou as primeiras letras com Ramiro Coelho, professor misterioso que apareceu no sítio Boqueirão e ainda na zona rural estudou na escola particular da professora Dona Eurídice.
No início da década de cinquenta, o Pe. Zacarias Rolim de Moura, da Paróquia Nossa Senhora da Guia, visitou o sítio Boqueirão e perguntou a um grupo de adolescentes quem queria ser padre. Rui, irmão de Valdomiro, intimidado, respondeu:
– Eu quero!
Ao chegar em casa, criou-se a polêmica. Rui sustentava que só tinha dito porque teve medo do Pe. Zacarias. Valdomiro foi peremptório:
– Se você não for, eu vou!
E foi assim que Valdomiro Batista se apresentou ao Pe. Joaquim de Assis Ferreira. Foi o primeiro inscrito da primeira turma do então Seminário Mínimo São José. Desta mesma turma foi o único padre ordenado.
No dia 03 de março de 1951, Valdomiro apresentou-se no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, na capital do Estado. Foi o primeiro padre ordenado por Dom Expedito Eduardo de Oliveira na Diocese de Patos. A Ordenação Presbiteral ocorreu em 28 de julho de 1963 na Igreja de Santo Antônio (na época, ainda em construção). Pe. Valdomiro cantou sua primeira missa na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Guia.
Padre Valdomiro é colaborador e testemunha ocular da vida diocesana de Patos “desde o seu primeiro dia”. Vivenciou as transformações todas do Concílio Vaticano II, assistiu gerações de padres neste clero e colaborou com todos os bispos, dos quais resume seu ministério:
Dom Expedito: “Sábio e santo. Se alguém chegasse com fofoca de algum reverendo ele dizia: ‘Se veio falar de meus padres pode voltar!’ Depois procurava um de nós para averiguar o assunto com a maior discrição e respeito”
Dom Gerardo: “Inconformado e amável. Ele te chamava e ‘soltava os cachorros’, depois ia conversando e terminava: ‘você é uma capacidade!’”
Dom Manoel: “Um homem cheio de boa vontade!”
Padre Valdomiro assumiu as seguintes funções e paróquias na Diocese de Patos:
– Paróquia de Santa Ana em Santana dos Garrotes (1963);
– Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios em Nova Olinda;
– Paróquia de Nossa Senhora da Guia em Patos (1966-1968);
– Paróquia de Santo Antônio em Piancó (1966-1968);
– Paróquia de São Sebastião em Patos (1973);
– Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Água Branca (1978);
– Paróquia de Santa Terezinha em Juru;
– Diretor da Rádio Espinharas de Patos (1981);
– Paróquia de Nossa Senhora da Guia em Patos (1982);
– Paróquia de Santo Antônio em Patos (1984);
– Paróquia de São Pedro em Patos (1990);
– Vigário Geral (2005-2006).
Atualmente o Pe. Valdomiro é Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Belo Horizonte em Patos. Mas inúmeros são seus admiradores em toda a Diocese, o que se verifica quando é saudado nas grandes concelebrações diocesanas.
Em 2013 ele celebrará seu Jubileu Áureo Presbiteral. Perguntado sobre o segredo para se viver tantos anos de ministério, Padre Valdomiro respondeu que o segredo está na consagração cultivada a cada dia. É autodeterminar-se para a missão.
“Se escorrego, me levanto! O padre não pode ser um funcionário da Igreja. Não pode se acostumar a ser padre. Não pode agir mecanicamente. O que me sustenta são minhas celebrações. Mas a última do dia deve ser com o mesmo entusiasmo da primeira”.
Padre Valdó também é conhecido por suas muitas anedotas, por sua constante alegria. Ele diz de si mesmo: “O que mais me alegra é ser sempre o mesmo moleque que trabalhava na roça”.
Em se tratando do novo bispo, Dom Eraldo, Pe. Valdomiro afirmou: “Espero que ele consiga promover a unidade dentro do próprio clero e entre os fiéis diocesanos”.
PatosOnline com Diocesedepatospb.org.br