O Ministério Público Federal (MPF) considerou que o jornalista Bruno Pereira Vieira, investigado durante a 4ª fase da Operação Recidiva, não tinha conhecimento das fraudes que ocorriam na Prefeitura de Ibiara, onde atuava como assessor de comunicação. Após a operação, o jornalista foi afastado das funções, mas ele não foi denunciado pelo MPF.
O trecho da denúncia que fala da participação do jornalista aponta que ele atuava na lavagem de dinheiro, realizando depósitos e entregando dinheiro por ordem de seu superior, sem ter conhecimento, porém, da trama criminosa.
Veja o documento:
O MPF denunciou o prefeito da cidade de Ibiara, Francisco Nenivaldo de Sousa, o engenheiro Sérgio Pessoa Araújo e o autônomo Francisco Amilton de Sousa Júnior, por suspeita de envolvimento em fraudes na execução de dois convênios entre a prefeitura e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). De acordo com as investigações, os convênios somariam R$ 1 milhão e seriam destinados a melhorias sanitárias em domicílios.
A prefeitura do município teria contratado a empresa SPA serviços, projetos, assessoria, criação e produção de camarão, peixes e crustáceos LTDA para elaboração do projeto. O empreendimento seria administrado, de fato, por Sérgio Pessoa Araújo. Os recursos para a elaboração do projeto teriam sido recebidos e repassados aos investigados. O prefeito Francisco Nenivaldo teria recebido R$ 13 mil.
O MPF denunciou também dois ex-prefeitos da cidade de Catingueira, José Edvan Félix e Albino Félix de Sousa Neto (sobrinho de Edvan). Conforme a denúncia, o município teria firmado um convênio de R$ 430 mil com a Funasa em 2014, para a execução de serviços sanitários em domicílios. As obras foram contratadas por uma empresa, mas teriam sido assumidas pelo ex-prefeito Edvan Félix. Foram pagos R$ 206 mil pela obra, mas apenas pouco mais de 4% dos serviços foram executados.
José Edvan está preso preventivamente desde o fim do mês passado e ele já é condenado a 41 anos de prisão por suspeita de envolvimento em fraudes, segundo o MPF.
A 4ª fase da Recidiva
A 4ª fase da Operação Recidiva foi deflagrada em novembro e cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, além de cinco mandados de prisão e um mandado de afastamento de função pública. As licitações fraudadas ultrapassam o valor de R$ 5,5 milhões e foram realizadas nas cidades de Ibiara, Santo André, Catingueira e Triunfo.
paraiba.com.br com com ClickPB