O presidente Jair Bolsonaro editou o decreto de criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19. O decreto foi publicado na edição da madrugada desta sexta-feira (26) do “Diário Oficial da União” (DOU).
A criação do comitê, com parceria do Congresso Nacional, foi anunciado por Bolsonaro na quarta (24), após reunião na residência oficial do Palácio da Alvorada. O encontro contou com governadores, ministros e chefes de poderes.
Na ocasião, Bolsonaro afirmou que caberá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), levar ao comitê as demandas dos governadores.
“Resolvemos, entre outras coisas, que será criada uma coordenação junto aos governadores, com o senhor presidente do Senado Federal. Da nossa parte, um comitê que se reunirá toda semana com autoridades para decidirmos ou redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus”, afirmou o presidente.
Bolsonaro disse também na quarta que discutiu na reunião o que ele chama de “tratamento precoce”. O método prevê a utilização de medicamentos defendidos por ele, mas que não têm eficácia contra a Covid-19, de acordo com pesquisas científicas internacionais.
“Tratamos também de possibilidade de tratamento precoce. Isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico tratar ‘off-label’ os infectados”, argumentou Bolsonaro.
O comitê, segundo o texto, será composto pelo presidente da República, pelos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, e, na condição de observador, por autoridade designada pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça.
A reunião entre Bolsonaro, governadores, ministros e chefes de poderes se deu em um momento antes de o Brasil atingir a marca de 300 mil mortos por Covid-19, desde que a pandemia começou, há pouco mais de um ano. Nesta quinta (25), o país contabilizava 303,7 mil mortos.
O Brasil vive o momento mais grave da pandemia, com sucessivos recordes diários de número de mortes e de novos casos. Os sistemas de saúde nos estados estão sobrecarregados, com filas nas UTIs e ameaça de falta de oxigênio hospitalar e de insumos para intubação de pacientes.
G1