O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargador Joás de Brito, durante entrevista exclusiva ao Sistema Arapuan de Comunicação, defendeu o fim das pesquisas de intenções de voto. A declaração acontece em meio ao debate e votação na Câmara Federal sobre a reforma no sistema eleitoral que pode entrar em vigor já no próximo ano.
Segundo o desembargador, existe uma discussão na Corte Eleitoral sobre o tema e processos sendo julgados quanto ao direcionamento de pesquisas em favor de candidatos. Como medida, ele defendeu a abolição do método em defesa de uma tranquilidade maior das eleições.
“O que acontece é que as pesquisas podem sim ser feita de uma forma que dá um resultado que no fim não é o oficial, veja que está havendo erros tremendos em várias pesquisas e isso pode prejudicar a eleição como um todo na minha visão. Seria muito tranquilo se a gente abolisse, haveria uma maior tranquilidade nas eleições”, afirmou.
Ele apontou ainda que, no decorrer do pleito eleitoral, o método atrapalha mais do que ajuda. “A pesquisa pode ser melhorada e na minha visão quebra o equilíbrio do pleito, tanto é que essas pesquisas têm gerado problemas processuais e existem discussões sobre isso. É muito comum, por exemplo, a criação de enquetes e divulgação dela no whatsapp, isso é matéria que está sendo debatida na Corte Eleitoral e teve muito disso na eleição de 2020”, afirmou Joás de Brito.
Divulgação mais ampla do mandato como solução
“O candidato ia ter que ver as suas propostas e fazer com que fosse conhecido as suas propostas. Hoje existe uma facilidade muito grande de fazer isso através das mídias digitais, ela tem facilitado essa divulgado. Então o candidato tem que procurar divulgar suas propostas de uma maneira mais ampla possível. Existe a propaganda [rádio e tv], mas grande parte é sim feito pela mídia digital”, afirmou o desembargador presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.