Em entrevista concedida nesta quinta-feira, dia 30, ao programa Polêmica, da Rádio Espinharas FM, o Cabo PM Silvano Morais, da ONG Abolição Militar, fez um balanço das lutas da Polícia Militar que está mobilizada para reverter pontos da Lei da Previdência que foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, bem como outras pautas de reivindicação da categoria.
Silvano Morais havia participado de reunião na cidade de Campina Grande com demais entidades representativas dos soldados, cabos, sargentos e demais segmentos da Polícia Militar. O encontro contou com representantes de diversas localidades do Estado da Paraíba e visou elaborar um amplo documento que será entregue ao Governador João Azevedo.
Na capital paraibana estão acontecendo manifestações da Polícia Militar que buscam discutir sobre os vencimentos pagos a categoria, o subsídio, horas extras, contingente deficitário de cerca de 10.000 homens na corporação, aposentadoria e perdas, além de setores pedirem a exoneração do comandante geral da Polícia Militar, o Coronel Euller Chaves.
O Cabo Silvano Morais disse que a reunião com o Governador é importante, porém, criticou as entidades que estão elencadas para participar, pois estas não tem dito sobre a realidade da corporação. Silvano chamou a atenção para a Lei Complementar 87/2008, que diz que a Polícia Militar deveria estar com 17.933 homens, porém, atualmente, tem pouco mais de 9 mil homens.
Fazendo uma radiografia da situação vivida pela Policia Militar, o Cabo Silvano discordou da posição do Procurador Geral do Estado da Paraíba que disse que a Lei que foi aprovada na Assembleia Legislativa sobre a Previdência Social não pode ser modificada, pois vem da Lei que foi aprovada na Câmara Federal por proposta do presidente Bolsonaro. Várias situações cotidianas foram relatadas por Silvano sobre a Polícia Militar que enfrenta dificuldades diárias na segurança pública.