A futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já definiu os doze nomes que irão compor o primeiro escalão do Ministério Público. Dentre eles, o paraibano Luciano Mariz Maia, que será o novo subprocurador-geral da República. Dodge toma possa no próximo dia 18.
Mariz Maia ocupa hoje é responsável no Ministério Público Federal por coordenar todas as ações relacionadas a grupos indígenas na 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do órgão. Maia, primo do senador José Agripino (DEM-RN), ficará encarregado de cuidar dos inquéritos contra políticos no STJ e também substituirá Dodge em sessões no Supremo. Para o STJ, será criado ainda a Secretaria da Função Penal Originária para trabalhar na Corte.
O escolhido para a vice-procuradoria-geral eleitoral é Humberto Jacques Medeiros, que ficará no TSE. Ele será responsável pelas eleições de 2018. Ele tem atuação destacada na área da saúde.
A Lava Jato terá dois coordenadores: Alexandre Espinosa e José Alfredo Silva, os dois auxiliaram o então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza no caso do mensalão. Espinosa costuma dizer que a principal lição do mensalão foi de que ninguém está acima da lei. Recentemente, Alfredo atuou na Operação Zelotes, que investiga esquema de fraudes no Carf, conselho no qual contribuintes recorrem de multas da Receita Federal.
Dodge convidou o grupo de Janot que atua na Lava Jato para permanecer, mas há indicações de que parte resiste à permanência.
A área penal será coordenada pela procuradora Raquel Branquinho, integrante do MP desde 1997. Ela também teve atuação no mensalão, sendo que antes trabalhou no escândalo envolvendo o Marka/FonteCidam, que resultou na queda do então presidente do Banco Central, Francisco Lopes, e no pedido de prisão dono do Marka, Salvatore Cacciola, que fugiu do país.
Em nota, a PGR afirmou que uma preocupação de Dodge foi valorizar a participação das mulheres. Pela primeira vez, os cargos da Secretaria Geral do Ministério Público da União e da Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional serão ocupados por procuradoras.
Também será mulher a titular da Secretaria da Função Penal Originária junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), pasta a ser criada por Raquel Dodge.
Nos próximos dias, serão definidos os nomes dos titulares da Secretaria de Direitos Humanos e Tutela Coletiva, Secretaria de Análise Constitucional e Secretaria da Função Penal Originária junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), outras novidades no organograma da futura gestão.
Veja equipe:
Vice-procurador-geral da República
Luciano Mariz Maia
Vice-procurador-geral eleitoral
Humberto Jacques de Medeiros
Secretária-geral do Ministério Público da União
Zani Cajueiro
Secretaria de Função Penal Originária no STF;
Raquel Branquinho
Secretaria de Função Penal Originária no STF
Lauro Cardoso e Marcelo Ribeiro Oliveira
Secretário-geral Jurídico
Alexandre Camanho
Secretária de Cooperação Jurídica Internacional
Cristina Schawnsee Romanó
Secretaria de Pesquisa e Análise e Secretaria Pericial
Pablo Coutinho Barreto
Coordenador do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral
Sidney Pessoa Madruga
Blog do Gordinho com Jota