Faltando menos de 20 dias para o fim da 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe, apenas 185.125 pessoas procuraram os postos de saúde na Paraíba. O número representa 21,62% do público-alvo, formado por 1 milhão e 70 mil pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe. A meta, neste ano, é vacinar 90% desse público até o dia 26 de maio. O Dia D de mobilização nacional para vacinação ocorrerá no sábado, dia 13 de maio e, no Estado, a abertura será no município de Rio Tinto.
Até então, o Estado já recebeu 877 mil doses da vacina e elas já foram encaminhadas aos municípios para serem aplicadas. A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é de que todos os esforços sejam feitos pelos municípios para que a meta seja alcançada o quanto antes e, dessa forma, seja minimizado o surgimento de casos de gripe ou complicações causadas pela doença.
“Nosso alerta é para que os gestores dos municípios intensifiquem as atividades e, sobretudo, alimentem o sistema no site da campanha. Na prática, muitos municípios estão com cobertura vacinal mais alta, porém não podemos ter acesso aos números reais sem a alimentação dos dados no sistema”, explicou a técnica do Núcleo de Imunização da SES, Márcia Mayara.
Ela alerta, ainda, sobre a importância do público-alvo buscar os serviços de saúde para se imunizar dentro do prazo de vacinação e, assim, reduzir o risco de gripe e seus possíveis agravamentos. “É de fundamental importância que a população-alvo busque, o quanto antes, os postos de vacinação para garantir a proteção contra a influenza. Muita gente deixa para a última hora e esta nunca será uma boa opção. A vacina é segura e tem o objetivo de reduzir as complicações que levam às internações e mortalidades decorrentes do vírus”, destacou.
Desde o dia 17 de abril, a vacina contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
Dados – Na Paraíba, entre os públicos-alvo, os trabalhadores de saúde registraram a maior cobertura vacinal: 47,14% deles já estão imunizados, seguindo pelas gestantes (34,20%), puérperas (26,81%) e idosos (19,09%).
Os grupos que menos se vacinaram são crianças (16,21%) e a população indígena (16,08%). Lembrando que cada um desses grupos precisa terminar a campanha com, pelo menos, 90% de cobertura vacinal.
Prevenção – A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
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