Vitalzinho defende pente-fino e pacto nacional pela Previdência, mas descarta nova reforma
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo Filho, o Vitalzinho, afirmou em entrevista ao Metropoles que a Previdência Social brasileira enfrenta dificuldades financeiras crescentes, mas afastou a possibilidade de uma nova reforma no curto prazo. Ele defende que a solução passa por um rigoroso pente-fino para identificar fraudes e um pacto entre os Poderes para priorizar o tema.
O ministro destacou o impacto das despesas previdenciárias no orçamento público.
“É como eu digo, as bombas vão continuar explodindo, porque só faz crescer as despesas previdenciárias, que já somam R$ 1 trilhão. E o déficit entre o que arrecada e o que gasta é de R$ 430 milhões”, disse.
Em 2024, os gastos com Previdência chegaram a quase R$ 960 bilhões, superando despesas com programas sociais como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), além das áreas de saúde e educação. O déficit total do sistema previdenciário, somando os três regimes existentes (privado, público e militar), alcançou R$ 410 bilhões no ano passado, sendo que a maior parte desse rombo está concentrada no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), com resultado negativo de cerca de R$ 300 bilhões.
Apesar dos números expressivos, Vital do Rêgo acredita que o caminho é aprimorar o controle sobre os pagamentos e fortalecer o compromisso entre os Poderes. “As reformas já foram feitas, é cumprir o que está na reforma”, afirmou.
Ele também destacou a necessidade de uma maior fiscalização para evitar irregularidades nos benefícios.
“Se a gente fizer um pente-fino nas fraudes e se houver um grande pacto nacional, governo, Congresso, Poder Judiciário, vamos aqui gerar recursos para pagar a Previdência Social, porque a gente não pode abdicar desses projetos sociais. Então, vamos gerar recursos. Os recursos estão aí, não precisa de reforma mais”, concluiu.
Wscom
Lula demite Nísia Trindade e confirma Alexandre Padilha no Ministério da Saúde
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, nesta terça-feira (25), Nísia Trindade do Ministério da Saúde. Essa é a oitava troca na Esplanada dos Ministérios no terceiro mandato de Lula. A informação foi confirmada pelo âncora da CNN Iuri Pitta.
Como antecipou a CNN, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, assumirá o comando da Saúde. Sua posse será no dia 6 de março, conforme anunciado pelo Palácio do Planalto.
No cargo desde o início do governo, Nísia vinha enfrentando pressões para imprimir um viés mais político à pasta e concretizar entregas consideradas prioritárias por Lula.
No início do ano, as cobranças se intensificaram em diversas reuniões fechadas entre a ministra e o presidente, no Palácio do Planalto.
O entorno de Nísia chegou a reclamar do “abandono” das mulheres do governo e do PT na defesa de sua permanência à frente da pasta, segundo apurou a CNN.
Primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde, Nísia foi anunciada por Lula ainda na transição de governo, em dezembro de 2022. Anteriormente, ela havia presidido a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na instituição, Nísia coordenou as ações de enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Brasil, além de criar o “Observatório Covid-19”, uma iniciativa com o objetivo de monitorar e divulgar informações e notícias sobre a pandemia e seus impactos no país.
CNN Brasil
Jovem de São José do Bonfim é aprovado na USP e inspira a mãe voltar aos estudos
Alyson Rhyan Perônico Soares Alves, jovem de origem humilde, filho de agricultores do sítio São Bento, no município de São José do Bonfim, no Sertão da Paraíba, viu sua vida mudar radicalmente por meio da educação. Formado em técnico em edificações pelo IFPB de Patos, ele alcançou uma impressionante marca de 920 pontos noEnem, que o garantiu a aprovação em duas universidades em São Paulo. Alyson agora, aos 18 anos, se prepara para realizar um sonho que parecia distante: cursar Letras na renomada Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Ele já se encontra em São Paulo, após viajar no último final de semana, dia 22 de fevereiro, com grandes expectativas para o futuro.
Sua trajetória de superação é marcada não só por conquistas pessoais, mas também pelo impacto que teve em sua família. Maria Cristina Perônico Soares, sua mãe, de 41 anos, também foi inspirada pela determinação de Alyson e decidiu voltar aos estudos.
Irei cursar Serviço Social. Nossa caminhada foi muito difícil, principalmente no começo, pois eu precisava levá-lo à cidade todos os dias. Enfrentamos muita chuva, lama e os perigos de retornar para casa à noite. Mas, com a graça de Deus, conseguimos superar”, conta Maria Cristina.
Além de se dedicar aos estudos, Alyson também escreveu um livro de poesias, que planeja publicar no futuro. Sua paixão pela educação foi alimentada por uma figura chave em sua vida: a professora Adriana Martins Cavalcante, que o inspirou a seguir a carreira docente. Agora, cursando Letras, ele almeja se tornar professor e contribuir para a transformação de outras vidas, assim como a educação transformou a dele.
A história de Alyson e sua mãe reflete o poder transformador da educação, não apenas como um caminho para o desenvolvimento individual, mas também como uma força capaz de mudar realidades.
Hoje, Maria Cristina trabalha como visitadora no programa “Criança Feliz” em São José do Bonfim e vem se aperfeiçoando cada vez mais através de cursos oferecidos pelo programa. Assim como o filho, ela encontrou na educação uma ferramenta para continuar crescendo e construindo um futuro melhor.
A história dessa família é um exemplo de como a educação pode romper barreiras e abrir portas, mesmo nos cenários mais desafiadores.
