Ao abrir a sessão deliberativa desta terça-feira (9), o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB) fez referência especial ao vice-presidente da Casa, senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que conduziu os trabalhos em Plenário durante sua ausência, depois de sofrer um acidente isquêmico transitório.

O peemedebista enalteceu também a memória do ex-governador Ronaldo Cunha Lima. “Na minha ausência, Cássio conduziu os trabalhos do Senado Federal com grandeza, com serenidade, à altura do verdadeiro espírito público que o povo da Paraíba aprendeu a admirar e a respeitar, assim como o povo da Paraíba sempre respeitou e admirou aquele que já não está mais entre nós, o seu querido pai, que foi um grande senador nesta Casa”, elogiou.

Eunício também agradeceu aos colegas, à imprensa e ao seu estado, o Ceará, pelo apoio que recebeu nos últimos dias, enquanto esteve internado em Brasília e em São Paulo para exames.

“Eu quero agradecer pelo apoio demonstrado neste Plenário e em mensagens, telefonemas, visitas feitas a mim e para a minha família, enquanto estava convalescendo. Quero agradecer à população do meu querido Ceará e de todo Brasil, aos meus amigos, às lideranças políticas do meu querido estado, como já disse, que manifestaram inestimável solidariedade em postagens nas redes sociais, em todos os aspectos, nas orações, nas missas, nas igrejas, nos templos por onde passaram”, declarou.

O presidente do Senado encerrou pedindo a Deus que retribua “todas as orações e os bons pensamentos” que lhe foram destinados nesse período de convalescência.

Blog do Gordinho com informações da Agência Senado

O presidente Michel Temer (PMDB), responsável pelas reformas da Previdência e mdanças na CLT, afirmou em discurso que não chegou ao governo para “destruir trabalhadores”.

Em discurso a portas fechadas no Palácio do Planalto, em vez de admitir os erros, Temer disse ver uma luta política contra seu governo.

As informações são de reportagem de Marina Dias na Folha de S.Paulo.

No discurso, Temer demonstrou se sentir injustiçado e falou quesua gestão sofre com a campanha contra as reformas trabalhista e previdenciária, alvo de resistência, inclusive, entre integrantes de sua base aliada.

Em defesa das propostas, ambas em tramitação no Congresso, Temer admitiu que a reforma da Previdência é ‘saborosa para a oposição e amarga para a situação” e disse que as mudanças nas leis trabalhistas não retiram direitos dos trabalhadores. ‘As mentiras alardeadas têm sido brutais’, declarou

‘Até parece que chegamos aqui para destruir os trabalhadores. O destino me colocou aqui, Deus me colocou aqui para cumprir uma missão difícil, complicada’, completou Temer.’

Wscom  com Brasil 247

A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/16) rejeitou, por 22 votos a 14, destaque do PCdoB para retirar da proposta o tempo mínimo de contribuição de 25 anos. Atualmente, na aposentadoria por idade, são exigidos 15 anos.

Com isso, fica mantido trecho do texto-base do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), aprovado na semana passada. Ele lembrou que o aumento do tempo mínimo será gradual.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defendeu o destaque, afirmando que a exigência de 25 anos de contribuição dificulta o acesso à aposentadoria por idade porque, segundo ela, os trabalhadores já cumprem com dificuldade os 15 anos atuais.

Isso acontece, disse Jandira Feghali, porque as pessoas de mais baixa renda não conseguem ficar empregados de maneira ininterrupta.

Já o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse que, com a reforma da Previdência, os trabalhadores que ganham o salário mínimo e não conseguirem comprovar o tempo mínimo de contribuição poderão ter benefícios assistenciais no mesmo valor.

Se aprovada pela comissão especial, a proposta de emenda à Constituição precisa ser votada em dois turnos pelo Plenário. São necessários pelo menos 308 votos para ser aprovada e encaminhada para análise do Senado.

Agência Câmara

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), comentou em entrevista ao programa Rádio Verdade da Arapuan, nesta segunda-feira (08), a pesquisa nacional que aponta uma perda do eleitorado do PSDB e sentenciou: ‘se está ruim com Temer com Dilma estaria pior’.

Cássio afirmou que o PSDB está pagando um preço político alto e que já sabia disso desde o processo de impeachment. “Eu defendi que o melhor para o Brasil seriam novas eleições, o TSE teria como julgar a chapa Dilma/Temer com a petista ainda na presidência, mas o TSE por uma série de razões não julgou e houve o impeachment”, disse acrescentando: “se com Temer está ruim, se fosse Dilma estaria muito pior pela completa falta de governabilidade que se percebia naquele momento”, disse o senador. A falta de governabilidade da presidente se dava principalmente devido a debandada do PMDB e a oposição do PSDB que com a maioria nas Casas impossibilitava as articulações.

“Deixaram Dilma sangrando para que todo o destaque estivesse sob a responsabilidade dela para chegar em 2018 como alternativas de gestão, mas no PSDB o compromisso é a responsabilidade com o país, temos que ser responsáveis pelo destino do país”, disse e acrescentou que o partido vai ter a oportunidade de discutir isso com a sociedade.

O senador falou ainda que apenas no próximo ano que ‘as coisas’ começarão a dar sinais de melhora e que a perspectiva de melhora é só em 2019. “As apostas feitas são muito fortes em torno das reformas”, concluiu.

Marília Domingues – paraiba.com.br