A adolescência é um período de mudanças, um momento de transição entre a] infância e a fase em que o corpo começa a ganhar novas formas e sensações. Nesta etapa, ocorre a primeira menstruação e, a partir daí, vem uma série de transformações. Surgem as curiosidades, a busca por informações e o despertar da sexualidade cada vez mais cedo. É fato que as meninas amadurecem rápido, mas elas têm antecipado – e muito – o ciclo natural da vida. Para se ter ideia de como têm sido precoces, só em 2018, quase dez mil meninas foram mães na Paraíba e destas, 456 tinham idade entre 11 e 14 anos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Além das transformações físicas, ser mãe com tão pouca idade traz mudanças drásticas no dia a dia de uma criança ou adolescente, muda a rotina interrompendo – muitas vezes – a ida à escola, o hábito de dormir a noite inteira e de acordar tarde, adia sonhos, desvia o foco, transforma a mente e, na maioria das vezes, impede a realização de objetivos traçados.
Especialistas destacam que pode haver riscos para a saúde das meninas na gravidez, que é considerada de risco. Entre as consequências, estão a hipertensão, aborto, nascimento prematuro e até a morte materna, dependendo das condições de cada gestante.
A primeira semana de fevereiro, inclusive, é lembrada como Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, alertando para todas as questões acerca da gravidez de adolescentes. Para elas, no entanto, apesar dos riscos, ser mãe antes da idade adulta é uma experiência positiva, de crescimento, amadurecimento e consciência da responsabilidade que a nova condição exige.
PBAgora