Especialistas dão dicas sobre como se organizar financeiramente neste ano para evitar o endividamento

A gestão financeira é um assunto super importante para todas as pessoas, seja qual for sua remuneração, modelo de trabalho ou idade. E em momentos de crise, essa necessidade só aumenta. Ter uma gestão financeira durante a pandemia tem se mostrado essencial e neste sentido o economista Danilo Orsida e o consultor financeiro Flávio Uchôa dão dicas como se organizar financeiramente neste ano para evitar o endividamento.

Com a pandemia do novo Coronavírus e a crise que essa situação trouxe, então, o tema ganhou ainda mais destaque. Porém, ao mesmo tempo, isso evidenciou que ainda há um grande número de pessoas que não planejam tão bem as finanças quanto deveriam, o que nem sempre traz grandes impactos em condições normais, mas quando nos deparamos com uma situação financeira tão conturbada, os problemas podem se agravar.

Segundo o economista Danilo Orsida é preciso fazer um planejamento rígido de ganhos e despesas, gastar com parcimônia, ter muita prudência com seu dinheiro e evitar comprar coisas supérfluas, aquelas que não se encaixam nas primeiras necessidades de uma pessoa e/ou de uma família.

“O país vive um cenário de recuperação econômica e nós vivemos um ano de 2020 um período de incertezas, em razão de uma crise sanitária, que resultou numa crise econômica”, observou, acrescentando que isso gerou reflexos em relação ao emprego, inflação e é um ano que requer preocupações. Para se preparar para o ano de 2021, que vem com a renovação inclusive das contas, como IPVA, IPTU, ele acredita que “o segredo está na capacidade de se organizar e se planejar para essas contas, que já inclusive são previstas e não temos como fugir delas”.

Já o consultor Flávio Uchôa, destaca que é bem provável que o superendividado esteja com o nome incluído nos serviços de proteção ao crédito. Ainda assim é possível ter acesso a uma ajuda dos bancos. Essas instituições podem liberar crédito para as pessoas que já estão no limite do orçamento, mas, é preciso que o superendividado analise bem se não está entrando em outra roubada.

As financeiras, por exemplo, cobram juros exorbitantes, elevando ainda mais a condição de endividamento das pessoas, conforme alertou Flávio Uchôa. “No caso dos bancos, ocorre bastante a não análise da situação do proponente, e muito em cima do público não esclarecido, de aposentados do INSS, para os quais só importa o valor da prestação, sem perceber o absurdo de tarifas, títulos de capitalização, se há seguros embutidos na negociação, chegando em muitos casos a passar da margem disponível na renda do cliente”, alertou. Situações diversas podem levar ao superendividamento, mas de forma geral, é possível tomar algumas precauções para evitar que isso aconteça, e uma delas é a educação financeira, aprender desde cedo a poupar, controlar o próprio dinheiro e evitar as compras por impulso, disse Uchôa.

Confira dicas para evitar o endividamento financeiro:

• Criação de uma reserva financeira. A reserva de emergência é uma medida que deve ser adotada por um número ainda maior de pessoas, já que a pandemia nos mostrou que todos estamos sujeitos a ter problemas financeiras e, por isso, precisamos estar preparados.
• Redução de custos não-essenciais. Para que seja possível guardar dinheiro para ter uma reserva financeira, as despesas não-essenciais, como as de lazer e entretenimento, por exemplo, podem diminuir. Assim, também sobra dinheiro para o que é mais importante.
• Busca por novas fontes de renda. Seja como freelancer, em trabalhos temporários ou mesmo para aproveitar momentos ociosos, a procura por outras fontes de renda também pode aumentar. Assim, além de uma renda extra, caso aconteça algo com a ocupação principal, haverá para onde correr.
• Mais atenção ao planejamento financeiro. De modo geral, planejar as finanças será algo que deve passar a fazer parte da vida de quem ainda não colocava isso em prática, cuja importância ficou clara com essa crise.

PBAgora