As redes sociais ganharam uma dimensão de proporções sem fim, quando da divulgação da cena cotidiana. Nada parece escapar aos flashes desses pauteiros/atores da (in) realidade, que através dos aplicativos divulgam os acontecimentos comezinhos e de si mesmos. Há que se considerar a evolução tecnológica que associada a essa nova cultura de convergência, cria uma legião de influenciadores digitais. A espetacularização do Eu/self começa ainda no café da manhã. E tudo é descartável, pois as novidades se sucedem à atualização das páginas. A relação velocidade versus conteúdo não predispõe uma seleção. O legal é viralizar. E haja stories e mais stories… Nada escapa sem a devida providência do registro. O foda (Ops!) é que ninguém mais sabe o que é verdade ou Fake News. Não há razão de apurar o que houve já que a única motivação é “quebrar a internet”. Quanto mais acessos, mais populares ficam. O mundo é agora um big brother, sob o pretexto de conectar pessoas… – fazemos parte de todas as tribos, sem pertencer a nenhuma. Estamos brincando de inverter valores. Escondendo-nos por trás de filtros. E essa exposição exacerbada está fazendo surgir uma geração de seres androides, feito Pac-Mans que consomem e vomitam a mesma mensagem, sem o mínimo pudor… Ou será que eu é que estou ficando velho e atrasado?