“Nós temos a necessidade de trabalhar com um uma alternativa para somar forças e esforços. O Brasil, desde o ano passado, não tem uma coordenação central da crise”, afirmou Wellington Dias, governador do Estado do Piauí e coordenador do Fórum Nacional dos Governadores, durante reunião com a Frente Pela Vida. O encontro aconteceu nesta sexta-feira (12/3), e teve como foco o Pacto Nacional pela Vida e pela Saúde , uma resposta de 21 dos 27 governadores do país ao vazio deixado pelo Palácio do Planalto no controle da pandemia de Covid-19.
Governadores pretendem vacinar 25% da população até abril
Um dos principais pontos firmados no documento é a produção, compra e distribuição de vacinas. O grupo elaborou um cronograma, para, em abril, ter 25% de toda a população vacinada. Para isso, negociam um aumento da produção nacional: a Fiocruz devem passar a produzir 1 milhão de doses por dia , hoje produz 250 mil, e o Instituto Butantan já teve a linha de produção ampliada. Além disso, o Consórcio Nordeste está fechando um contrato para a compra da Sputnik V: apesar da compra local, a ideia é fornecer doses para o SUS, a fim de que o insumo seja administrado pelo Programa Nacional de Imunizações. Paralelamente à aceleração na campanha de vacinação, os governadores signatários do Pacto pretendem reduzir a transmissibilidade do vírus, a fim de diminuir os adoecimentos e mortes. Para isso, almejam coordenar medidas restritivas em todo o Brasil, ao mesmo tempo: “A restrição da mobilidade do país mexe com a economia, mas é o que evita a transmissibilidade. Precisamos de uma união em um momento em que a vida tem valido muito pouco, 270 mil parece um número, mas são pessoas”, afirmou Wellington Dias.
Frente Pela Vida saúda o movimento
A reunião foi conduzida por Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, que relembrou algumas das ações da Frente, desde o ano passado: “Nos reunimos desde 2020 para enfrentar a pandemia. Elaboramos um Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19, entregamos para o Ministério da Saúde, para o Congresso, e só não tivemos resposta do MS”. “O trabalho dos governadores tem sido essencial, uma grande resistência. Estamos com vocês, afinados nessa agenda. Fico feliz de ouvir que daremos uma resposta positiva à compra e produção de vacinas, garantir um futuro melhor para o Brasil”, afirmou Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Abrasco, saudando o governador presente, em nome de todo o movimento.
Paraiba.com.br com Abrasco