Durante um debate sobre a democracia no Brasil, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fez criticas, pela internet nesta quinta-feira (28), a indicação de procuradores-gerais da República (PGR) mais votados nas listas tríplices de eleições internas do Ministério Público Federal.
Para ela, a tradição iniciada com o ex-presidente Lula (PT), e continuada em seu governo, reduz a “estrutura de pesos e contrapesos que tem de haver dentro das instituições “.
“Nos equivocamo-nos quando aceitamos uma regra meio sindicalista de indicar o procurador-geral a partir de uma lista tríplice feita por eles”, disse a ex-presidente.
E continuou: “No Brasil, aquele que é escolhido e tem a legitimidade do mandato popular é considerado menor do que aquele que prestou concurso individual para um cargo. Isso contraria qualquer princípio constitucional de algo parecido com democracia. É impossível que o poder popular, que é o fundamento do poder democrático, seja considerado menor.”
De acordo com a petista, “em lugar nenhum do mundo” a chefia de órgãos do Ministério Público são eleitas pelos membros da própria corporação. Na sua gestão, Dilma conviveu com os procuradores-gerais eleitos de acordo com essa tradição: Roberto Gurgel, que ocupava o cargo desde o governo Lula quando ela assumiu a Presidência, e Rodrigo Janot.
Os dois procuradores conduziram investigações nos governos do PT. A ex-presidente sofreu impeachment, em 2016, por meio das investigações.
Gurgel ofereceu denúncia contra integrantes do governo Lula no caso do mensalão. Já sob Janot, a Operação Lava Jato abriu 137 investigações no Supremo Tribunal Federal. Os alvos foram 5 ex-presidentes e 93 parlamentares, a maioria da base governista.
Fonte: Paraiba.com.br