A aproximação do ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD) ao Governo João Azevêdo tem como consequência a desorganização da oposição na Paraíba, que desde 2018 se desarrumou e de lá para cá não mais conseguiu se encontrar. A explicação é do deputado federal Hugo Motta, do Republicanos, ao considerar esse movimento de Romero como legítimo e natural.
“Eu tenho uma boa relação com o ex-prefeito Romero, entendo que ele é uma das principais lideranças de CG, saiu fortalecido das eleições 2020, fez o seu sucessor em 1º turno, que é o prefeito Bruno Cunha Lima. Mas eu acho que Romero está vendo esse processo um pouco passar porque a oposição vem desarrumada desde 2018 quando RC conseguiu fazer o sucessor ao eleger João e isso desorganizou a oposição de um jeito que até hoje ela ano se encontrou. E a PB concorda com isso”, disse.
Segundo ele, Romero está vendo o processo pré-eleitoral passar sem que a oposição defina um rumo certo e, com o tabuleiro desarrumado, fica impossibilitado de seguir em frente.
“Romero está vendo esse tabuleiro desarrumado mesmo tendo sido lançado candidato ao Governo da paraíba, Ele está vendo oposição desajustada e sabe que não consegue colocar uma campanha na rua para governador sozinho, sem capilaridade, sem lideranças políticas nos municípios. Dificilmente você consegue colocar uma campanha dessa na rua”, explicou.
Motta foi mais além e disse acreditar que Romero também prestou atenção nesses possíveis estremecimentos entre Veneziano e o governador e aproveitou a brecha.
“Romero deve estar analisando depois desses possíveis estremecimentos com Veneziano, visto que eu acho que é incompatível os dois no mesmo lugar, pelo menos por enquanto”, emendou.
Hugo conclui lembrando que em política é natural que as conversas aconteçam e que, muitas vezes, quando a imprensa vem saber, é porque os diálogos já começaram há pelo menos duas semanas.