O cantor Luan Estilizado revelou em rede nacional a violência doméstica que culminou com a morte de sua mãe, Lúcia, assassinada pelo companheiro na véspera de São João de 1999. Ele participou do programa Encontro na manhã desta segunda-feira (07) e falou sobre o tema abordado, que foi a violência doméstica.
“Ele assassinou minha mãe. Eu estava em casa, estava dormindo. Como era noite de São João, não sabia o que eram fogos e o que era bala”, disse ele, contando que tinha apenas 8 anos quando ocorreu a tragédia.
Após o ocorrido, ele foi levado para a casa de uma tia e foi informado de que a mãe tinha saído. A notícia da morte dela ele soube no dia seguinte, por um primo. “Meu primo me contou a história e disse: ‘Ela viajou pra longe’. Aí, sem entender, perguntei quando ela iria voltar. Aí, ele não se aguentou e contou: ‘Tia morreu’. Na mesma hora, disse o nome da pessoa que tinha matado. Todo dia eu apanhava, ganhava um cacete.”
Ele também lembrou o comportamento violento do padrasto — “Eu e minha mãe apanhávamos” — e afirmou acreditar que o assassinato tenha sido planejado. “No dia, foi tudo premeditado. Quando ele chegava e eu estava brincando na rua, sabia que ele ia me bater. Naquele dia, ele chegou, fui entrando e ele me deu fogos de artifício para ficar brincando com meus amigos e falou: ‘Fique aí brincando'”, afirmou ele, contando que a situação foi “bem difícil”. De acordo com o cantor, Luan teve dificuldade para lidar com a situação. “Às vezes, eu me culpo. Tinha medo.”
Luan afirmou que não teve mais contato com o padrasto. “Peço a Deus que ele pague na justiça divina. A lei da gente não vale de nada. [Ele] Não chegou a passar nem um ano preso. Nunca mais tive nenhum contato com ele. Deus me livre”, disse. Depois da tragédia, o cantor passou a ser criado pelo tio Amazan, irmão de Lúcia.
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