Diante da greve dos caminhoneiros que j[á se estende por 10 dias e causou desabastecimento em todo o Brasil, o senador José Maranhão (MDB) obrou na Tribuna do Senado, a redução da carga tributária sobre os combustíveis. Para o senador, essa é a solução para conter a alta dos combustíveis.
“Do preço que se paga pela gasolina e o diesel no posto de gasolina, para abastecer o carro, o ônibus, o caminhão, nada menos do que 45% são impostos. São 16% de CIDE, PIS/PASEP e COFINS, mais 29% de ICMS. Talvez esteja exatamente aí a saída mais imediata para aliviar o bolso do consumidor”, ressaltou.
Segundo Maranhão, tocar no assunto desoneração, em qualquer caso, atrai a simpatia e a antipatia inversamente proporcionais dos consumidores, por um lado, e do Governo, por outro. Se os primeiros ficam felizes, o segundo já pensa nas consequências das perdas de receita.
“Mas, diante desta crise grave, não vislumbro outra alternativa. Parece-me que rever impostos, em especial a generosa fatia do ICMS, é a única ferramenta caseira, o instrumento interno de que podemos lançar mão para atenuar o problema sem mais tardanças”.
O senador lembrou que a constante alta dos preços dos combustíveis tem um potencial devastador para a atividade econômica em geral, com consequências tão imprevisíveis quanto danosas para a sociedade. Além disso, afirmou, pode alimentar a inflação, que pressiona o poder de compra dos trabalhadores e gera instabilidade para toda a cadeia produtiva nacional.
Para Maranhão, essa crise causada pela greve dos caminhoneiros, não é política, mas sim econômica com repercussões no setor social.
“Eu não acredito que tenha desdobramento político. A crise no abastecimento está caminhando na direção da normalidade, da regularização das coisas. Agora, não podemos esperar que isso aconteça num passe de mágica”, opinou.
PBAgora