No dia 14 de março deste ano o Ciclone Idai devastou Moçambique, país do continente africano. A devastação aconteceu mais precisamente perto da cidade portuária de Beira, capital da província de Sofala. Fortes ventos causaram graves inundações também em Madagascar, Malaui e Zimbábue. Mais de mil pessoas morreram.
O ciclone é o mais forte a atingir Moçambique desde 2008. Junto ao governo local, as populações estão sendo acomodadas em centros de segurança enquanto se procura formas de reconstruir suas casas e vida social. Diversos países estão ajudando, inclusive o Brasil.
A professora e missionária evangélica patoense Iraquitânia da Nóbrega Andrade, de 41 anos, que é casada com um moçambicano e reside no país desde 2016, na cidade de Nampula, província na região norte do país, que fica a mais 600 km da Beira, dá o seu depoimento sobre o ciclone e a situação do país: “O mundo tem se comovido com a quantidade de mortos e destruição da cidade da Beira e algumas nações vem ajudando, como Brasil, Cuba, Estados Unidos e Portugal. Lamentavelmente existem alguns de má-fé que têm se aproveitado dos donativos para benefício próprio. A cidade da Beira jamais voltará a ser o que era. Quando parecia que o pesadelo havia terminado, veio o segundo alerta, do Ciclone Kenneth, na Província de Cabo Delgado, que faz fronteira com Nampula. Ele deixou mortos e muitas casas destruídas. Eu, enquanto professora de Geografia, nunca imaginei sentir na pele os efeitos dos fenômenos naturais que tanto lecionava em sala de aula. O alerta quando vem traz o terror, as escolas fecham, as pessoas no comércio querem chegar em casa e ficar com os filhos”.
Folha Patoense