Uma série de atos público serão realizados na Paraíba nesta quarta-feira, 15 de maio, em defesa da educação pública e contra o corte no orçamento das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e o projeto reforma da Previdência. A atividade integra o Dia de Greve Nacional da Educação, convocado por entidades representativas do setor em todo o país.
Estão programados protestos nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras, Patos, Sousa, Sumé, Pombal e Monteiro. Na Capital, o ato terá concentração às 9h, em frente ao Liceu Paraibano, no Centro da cidade. Haverá panfletagem e discursos em carro de som de lideranças dos diversos movimentos sociais, políticos e sindicais que integram o ato.
De lá, os manifestantes seguirão em protesto para o Ponto de Cem Réis, onde estará sendo realizado o “Educação na Praça”, uma atividade paralela que contará com ações culturais, educativas e de saúde para a comunidade. A proposta é expor à sociedade uma parcela dos diversos projetos desenvolvidos dentro das instituições federais de ensino que beneficiam direta e indiretamente a população.
No período da tarde, a partir das 14h, a Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba realizará uma audiência pública em defesa da educação, para discutir os cortes no orçamento das universidades e dos institutos federais de ensino. A atividade estava marcada inicialmente para acontecer na praça João Pessoa, mas foi transferida para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O Sindicato dos Professores da Universidade Federal da Paraíba (Adufpb) participa da organização do ato público em João Pessoa e está convocado todos os professores e professoras a aderirem ao movimento. Para mobilizar a categoria, foi realizada uma rodada de assembleias na segunda (nos campi I e IV) e nesta terça-feira (nos campi II e III).
A Greve Nacional da Educação do dia 15 de maio está sendo convocada por entidades nacionais do setor de ensino de todo o Brasil e é preparatória para a Greve Geral dos trabalhadores convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho. Professores, funcionários técnico e administrativos e estudantes dos diversos estados od País irão sair às ruas para protestar contra a reforma da Previdência e os ataques à educação, principalmente o corte de mais 30% no orçamento das Ifes que inviabiliza a prestação de um serviço de qualidade à sociedade.
Na UFPB, foram bloqueados R$ 44,7 milhões de recursos de custeio e R$ 5,6 milhões oriundos de emendas da bancada federal de deputados e de senadores, que totalizam um corte de 32,75% no orçamento da instituição para este ano. O corte vai impactar não apenas a universidade, como toda a economia da Paraíba. Somados os recursos retirados da UFPB, da UFCG e dos institutos federais, deixarão de circular na Paraíba quase R$ 92 milhões este ano. Além disso, deixarão de ser pagas 2,3 mil bolsas aos estudantes da instituição e 713 funcionários terceirizados podem ser demitidos.
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