Horas após um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deputados oposicionistas se reuniram na Câmara para marcar posição contra denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) que aponta o político como envolvido em um suposto plano de golpe de Estado, após as eleições de 2022.
Em declarações a jornalistas, nesta quarta-feira (19), deputados defenderam o ex-presidente e teceram críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal). O ato foi encabeçado pelos líderes da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), e do Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
“A denúncia da PGR contra o nosso presidente Jair Bolsonaro, pela suposta tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes alegados mas jamais comprovados, representa mais um degrau nessa escalada criminosa contra a liberdade dos brasileiros”, sustentou Zucco durante o anúncio.
Ao longo das posições, o deputado defendeu a anistia e questionou se o STF teria “competência” para julgar um ex-presidente, e anunciou que a oposição fez um manifesto que será divulgado internacionalmente em “defesa da democracia e liberdade” no Brasil.
Em outra frente, Rogério Marinho, que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, ainda questionou outras penalidades contra o ex-presidente.
“Nós temos hoje o maior líder da direita conservadora declarado inelegível porque reuniu embaixadores, no exercício do mandato da República”, declarou. A posição diz respeito a uma das condenações impostas contra Bolsonaro pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A reunião citada levantou questionamentos ao processo eleitoral brasileiro.
Denúncia contra Bolsonaro
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao STF denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Agora, o ministro Alexandre de Moraes vai analisar a denúncia. Segundo a defesa de Bolsonaro, ele “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.
O ex-presidente foi denunciado pelos seguintes crimes:
Liderar organização criminosa armada;
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Golpe de Estado;
Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e