Calcula-se que mais de mil e quinhentas pessoas tenham comparecido às ruas da cidade de Patos para o ato público em protesto contra a reforma da previdência e trabalhista que vem sendo aprovada por proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB). O ato aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 28, e foi considerado um dos maiores já registrados no município.
A manifestação atende ao chamamento de centenas de entidades de classe em nível nacional e vem sendo chamada de Greve Geral. Na cidade de Patos, a concentração teve início na Praça Edivaldo Mota e percorreu às ruas Solon de Lucena, Felizardo Leite, Leôncio Wanderley, Pedro Firmino e se concentrou entre a Prefeitura Municipal de Patos e o Banco do Brasil onderepresentantes de movimentos sociais fizeram uso da palavra.
Diversas entidades, a exemplo da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado da Paraíba (STIUPB), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP), Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino Privado da Paraíba (SINTEENP), Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Patos e Região (SINTRACS-PR), além de pastorais da Igreja Católica, movimentos sociais, professores, estiveram presentes no protesto. As informações são de que mais de 30 entidades e sindicatos estiveram presentes.
Uma medida mais radical para tentar barrar as reformas do governo foi tomada pelo Sindicatos dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos da Paraíba (SINTECT/PB), que decidiu por greve por tempo indeterminado e para denunciar a retirada de direitos dos trabalhadores.
O engajamento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através de posicionamento contrário as reformas propostas pelo Governo Federal, tem ajudado no despertar das pessoas para o grave risco social que afeta diretamente no direito à aposentadoria, bem como precariza de forma direta o trabalhador no país. A CNBB foi enfática na convocação do povo para ir às ruas de forma pacífica, mas firme em busca de barrar as medidas.
Foi notada a presença de cidadãos que não pertenciam a nenhuma entidade de classe ou dos movimentos sociais, no entanto, estiveram no ato devido a descordar das reformas. Trabalhadores do comércio vieram para as portas das lojas em solidariedade ao protesto. Famílias nas varandas também acenavam em sinal de apoio.
Durante toda a caminhada, o nome dos deputados paraibanos que votaram favoráveis as reformas do Governo Federal foram citados. A cada nome, o povo vaiava e prometia derrotá-los nas próximas eleições. Wilson Filho (PTB), Veneziano Vital (PMDB), Wellington Roberto (PR), Hugo Motta (PMDB), Aguinaldo Ribeiro (PP), André Amaral (PMDB), Pedro Cunha Lima (PSDB), Rômulo Gouveia (PSD), Benjamim Maranhão (PMDB), Efraim Morais (DEM), Damião Feliciano (PTB), além dos senadores Cássio Cunha Lima (PSDB), José Maranhão (PMDB e Raimundo Lira (PMDB). O único a se posicionar contrário as reformas foi o deputado Federal Luiz Couto (PT).
Fizeram uso da palavra o sindicalista José Gonçalves (CTB/PB), Carminha Soares (SINFEMP), Maria das Lágrimas – Lalá (SINTEENP), Gustavo Firmino (UJR), Cleodon Bezerra (Bancário), Lenildo Morais (PT), José Lacerda Brasileiro (OAB), Gideão Rodrigues (MST), Padre José Joácio (Catedral de Nossa Senhora da Guia), Cícero Duarte (STIUPB), Vérialúcia (SINTEP), Júnior Meneses (UJS), dentre outros. O sanfoneiro Zé Nilton do Acordeom e seu regional fizeram apresentação cultural com o legítimo forró pé-de-serra.
Jozivan Antero – Patosonline.com