Colocando fim à uma nuvem de dúvida que pairava no cenário político da Paraíba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) confirmou, nessa segunda-feira (3), que não disputará vaga ao Senado em 2018, permanecendo no Governo do Estado até o fim do seu mandato. A decisão, segundo Ricardo, é baseada no desejo de manutenção do projeto de administração estadual e a possibilidade de coordenar e viabilizar a eleição de seu sucessor.
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“O meu interesse principal é eleger um sucessor, não é ter um mandato pra mim. Eu poderia muito bem dizer que quero o mandato de senador, teria uma boa chance de ganhar as eleições. Eu não poderia ser irresponsável, a não ser que eu pudesse ter a capacidade de governar mesmo sem estar no governo até o último dia. Eu só sairia se eu tivesse o controle do processo eleitoral, da administração. Eu sei do meu peso nesse processo. Eu não morro de amores e nem faço qualquer coisa para ter um cargo”, declarou.
Seguindo caminho semelhante ao dos ex-governadores Jaques Wagner (PT), da Bahia, e Cid Gomes (PDT), do Ceará, que conseguiram eleger seu sucessores permanecendo nos cargos, Ricardo disse estar ciente do risco da estratégia escolhida e aposta também na “ineficiência” dos seus opositores para obter resultado positivo nas urnas.
“Tudo na vida tem risco, claro, principalmente em uma conjuntura dessa, mas o que é que esses que me fazem oposição têm a oferecer à Paraíba? Qual é o discurso deles? Sinceramente, eles vão conseguir convencer alguém de que vão fazer mais do que a gente tenha feito? Tem alguém que vai acreditar nisso? O histórico deles é de ineficiência, de desrespeito com o dinheiro público. Eu acho que o povo da Paraíba não vai fazer uma aposta inconsequente”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de aliança com partidos que hoje fazem oposição ao seu governo, o socialista impõe condição: “Vou em busca de me aliar com quem queira continuar a fazer a Paraíba avançar ou quem tenha a ousadia, coragem e determinação de barrar o retrocesso”, explicou.
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